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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

18/11/2010/ polica

Lula reage e começa a dissolver o 'superbloco' do PMDB

Presidente saiu em defesa de Dilma e tirou dois partidos da aliança, diz jornal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu sair em defesa de sua sucessora, Dilma Rousseff, na crise deflagrada pela criação de um “superbloco” liderado pelo PMDB na Câmara dos Deputados. E a reação do presidente foi dura: Lula já conseguiu retirar dois dos cinco partidos que compunham o bloco de aliados, segundo a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo.

Na terça-feira, o PMDB anunciou a criação de um superbloco composto, além da legenda, por PR, PP, PTB e PSC. Integrada por 202 deputados federais, a aliança serviria como ferramenta para pressionar o futuro governo sobre projetos em discussão no Congresso, além de garantir ao grupo a indicação à presidência da Câmara - cargo que ficaria com o PMDB.

Lula, porém, sacou da aliança o PR e o PP. O presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), teria, inclusive, dito a seus comandados que o partido é “aliado do governo e da presidente Dilma” e que não fará nada em desacordo com o Planalto. Nascimento ainda classificou o momento para a formação de uma aliança do tipo como “inoportuno” e disse que integrar o superbloco não está nos planos da Executiva da legenda.
Perguntado a respeito de sua opinião sobre o superbloco, o presidente aproveitou para mandar um recado ao PMBD, na quarta-feira. Lula disse que a aliança sequer chegou a ser formada. “Primeiro, que não aconteceu. Parecia que ia acontecer, mas não aconteceu”, afirmou a jornalistas. “Tenho uma definição de política que é a seguinte: a política é como um leito de um rio. Se a gente não for um 'desmancha-ambiente' e a gente deixa a água correr tranquilamente, tudo vai se colocando da forma como é mais importante. Se as pessoas tentam de forma conturbada mexer na política, pode não ser muito bom”.

Depois das declarações do presidente, foi a vez do PP abandonar o barco do superbloco. "Não seremos massa de manobra de nenhum partido", afirmou o ex-líder da legenda, Mário Negromonte (PP-BA). Já o atual comandante da bancada, João Pizzolatti (SC), disse que, embora PR, PP e PTB discutissem há muito tempo a criação de um bloco na Câmara, a intenção dos partidos não era pressionar o governo.

Estratégia – Antes de Lula entrar em cena, o PT chegou a cogitar a ideia de barrar a formação do superbloco na base. Ainda segundo o Estado de S. Paulo, o partido estudava a formação de uma aliança maior, com a participação de PSB, PDT, PCdoB, PV, PMN e outras legendas menores. A estratégia foi abandonada quando os petistas concluíram que o PMDB não sustentará a formação de seu superbloco.

"Quiseram [o PMDB] colocar a faca no nosso pescoço, mas eles não têm força para isso. Nós concluímos que o melhor era trabalhar dentro dos partidos e deixar o PMDB com a brocha na mão. O bloco durou apenas algumas horas. Agora, o PMDB terá de vir conversar conosco em outros termos", afirmou um dirigente petista do jornal.

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