Assembleia mantém pensão a viúvas de governadores
Deputados alegam que fim de benefício seria inconstitucional. Autor da proposta diz que vai recorrer da decisão
O projeto de Lemos determinava a revogação da Lei 16.656, de autoria do ex-deputado Antônio Anibelli (PMDB), que foi aprovada em dezembro do ano passado. A nova lei estendeu a aposentadoria vitalícia para as viúvas dos ex-governadores mesmo nos casos em que eles tenham permanecido menos de um ano no poder.
Divergência
O discurso foi seguido pelo autor da proposta. Para Lemos, é absurdo os deputados concederem um benefício às viúvas e, agora, não poderem retirá-lo. “Não se trata de aposentadoria ou pensão, pois todo trabalhador tem esse direito. Só que essas pessoas não se contentam apenas com isso e querem também uma verba de representação”, criticou. O petista disse que vai recorrer da rejeição do projeto à própria CCJ. Se não conseguir reverter a decisão, recorrerá ao plenário e à Justiça, se for necessário.
Além de Arlete Richa, outras três viúvas recebem o benefício no Paraná: Adelina Custaldi Novaes (viúva de José Hosken de Novaes); Flora Munhoz da Rocha (viúva de Bento Munhoz da Rocha); e Rosi Costa Gomes da Silva (viúva de Mário Gomes da Silva).
Aposentadoria mantidaNo último dia 18, os deputados já haviam rejeitado uma PEC, de autoria de Mauro Moraes (PSDB), para acabar com as aposentadorias vitalícias concedidas a ex-governadores do Paraná. A palavra final sobre o tema será dada pelo Supremo Tribunal Federal, que ainda não tem data para julgar o mérito das ações impetradas pela Ordem dos Advogados do Brasil contra as aposentadorias de ex-chefes do Executivo de vários estados brasileiros.
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