Autoridades alertam para epidemia de dengue ainda mais grave no verão
Para o próximo verão, as previsões de uma epidemia de grandes proporções são assustadoras. O vírus do tipo 1 voltou depois de 20 anos.
O mosquito Aedes aegypti espalha a dengue no Brasil e parte do mundo. O motivo? Lugares que têm temperaturas quentes. No Brasil, o relatório do Ministério da Saúde 2010-2011 aponta os estados com risco muito alto da doença: Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Onde há risco alto são os estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Minas, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.
Para o próximo verão, as previsões de uma epidemia de grandes proporções são assustadoras. O vírus do tipo 1 voltou depois de 20 anos. No início deste ano, apareceu pela primeira vez o do tipo 4.
“Todo verão há risco de ocorrer epidemia. Em saúde pública, o melhor é sempre se preparar para o pior, ou seja, estar sempre prevenido, com médicos treinados e todas ações ocorrendo para que a gente não tenha surpresas no verão”, afirma Jarbas Barbosa, representante do Ministério da Saúde.
No Rio, de janeiro a setembro mais de 170 mil pessoas tiveram a doença. “O que cada um de nós vai ter de fazer é tomar conta do seu quadrado, do seu pedaço, para evitar que tenha desde uma tampinha de garrafa PET, onde pode juntar água suficiente para formar criadouro de mosquito, até uma piscina abandonada. Quanto menos mosquito, menos gente doente a gente vai ter”, alerta o médico Luís Fernando Correia.
Para a dengue se transformar em epidemia, é preciso a conjunção de três fatores: calor, água e a infestação do Aedes aegypti. No caso do Rio de Janeiro, combater o mosquito fica ainda mais difícil por causa das condições geográficas e ambientais.
Como a maior proliferação do mosquito acontece ao redor e dentro das casas, é fundamental a participação de todos para evitar a epidemia de dengue. Como o combate é urgente, todas as informações sobre focos do mosquito são concentradas em uma central. Para reduzir a aprovável epidemia, todos os estados têm de intensificar os cuidados.
“Dois terços dos casos são contraídos dentro das casas das pessoas nos espaços privados. Então, se a população não colaborar, não denunciar seu vizinho que tem foco de dengue, nós certamente teremos uma situação muito crítica para o próximo verão”, disse Pedro Paulo Carvalho, secretário-chefe da Casa Civil da prefeitura do Rio.
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