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Projeto de trator do futuro é controlado como videogame

Conceito apresentado por fabricante na Agrishow antecipa ano de 2050.
Feira de tecnologia agrícola traz as principais inovações do setor no país.

Do G1 Ribeirão e Franca

O estudante Mailson José Rodrigues simula operação do trator do futuro (Foto: Clayton Castelani/ G1)

Jogar videogame é o melhor treinamento para comandar o trator do futuro, garante o estudante de agronomia Mailson José Rodrigues, de 21 anos. Acostumado a manobrar máquinas agrícolas na fazenda do avô em Campo Florido (MG), experimentou na Agrishow 2012 um simulador que tenta antecipar o equipamento que será usado nas lavouras em 40 anos: uma máquina dividida em três módulos que pode se transformar em um único veículo, maior e mais potente, e é controlada por só um operador.

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“O cara que só trabalhou na roça vai se atrapalhar. Precisa ter uma noção de videogame, isso aqui é um joystick”, comentou Rodrigues enquanto segurava o manche, muito semelhante ao controle usado nos jogos eletrônicos de ultima geração.
O simulador pilotado pelo estudante na feira de tecnologia agrícola em Ribeirão Preto (SP) foi desenvolvido pela Valtra, fabricante de máquinas para o setor agropecuário. Segundo a empresa, o projeto batizado de ANTS – plural de formiga em inglês – tenta prever o tipo de equipamento que será necessário para atender a demanda do planeta por alimentos no ano de 2050.
“Os módulos separados podem trabalhar em três áreas diferentes do terreno, plantando, colhendo ou pulverizando. Então, será muito mais rápido. Quando precisar de mais potência, as partes formam uma única máquina”, explicou o engenheiro em mecatrônica Gilberto Dutra Nascimento Junior, coordenador de marketing do produto da Valtra.
Nascimento afirma, no entanto, que essa tecnologia não está tão distante das fazendas de hoje. “São conceitos que vão sendo aplicados aos poucos. Acho que, em 15 anos, muita da tecnologia do ANTS estará nos tratores vendidos aqui no Brasil”.

ANTS, conceito de máquina agrícola da Valtra que possui três môdulos e só um operador (Foto: Clayton Castelani/ G1)