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O ato heroico aconteceu na noite do dia 25 de abril, quando Gomes
estava em casa, no segundo andar de um prédio em Santa Terezinha, e
ouviu a mulher pedir ajuda. "Quando eu cheguei na sacada vi que um homem
estava roubando o nosso carro e temi pela segurança da minha mulher. Eu
pensei em pular para a sacada do primeiro andar e depois ir para o
chão, mas a queda foi de uma vez."Gomes contou que sofreu fraturas em um tornozelo e um joelho, que foi trocado por uma prótese de platina. Houve também uma luxação no braço esquerdo. Ele ainda não pode caminhar e tem usado uma cadeira de rodas. Até a próxima cirurgia, o homem vai ficar com uma haste de metal presa à perna.
"A previsão de recuperação é de seis meses, mas vai depender de como eu vou evoluir quando começar a fazer fisioterapia. Tenho que agradecer a Deus por não ter sofrido nada pior, como ficar paraplégico. Mas para ajudar a minha mulher eu faria outra vez, com certeza", disse.
a mulher de assalto (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
A professora Núbia Botelho Gomes, de 44 anos, sente-se lisonjeada pelo ato heroico, mas confessa ter reclamado com o marido assim que ele chegou no chão. "Eu tinha pedido para ele não pular. Não tinha condição de ele pular e ir atrás do ladrão, mas graças a Deus que nada mais grave aconteceu", completou.
Para "aliviar" a tensão da mulher ao lembrar do fato, Gomes afirma que saltou porque a ama e Núbia responde na mesma moeda. "Eu tenho que me preocupar com outras mulheres, vai que elas acham que ele faria isso por elas também", brincou.
Desde que saltou da sacada, Gomes virou uma "celebridade" entre amigos e ganhou apelidos como Homem-Aranha e Super-Homem. A família já deu entrevistas para sete reportagens de diferentes veículos de comunicação. Gomes, porém, diz que pensa somente em se recuperar para voltar a jogar futebol e andar de bicicleta. "Eu sinto falta de ir sozinho na padaria para comprar pão", completou.
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