“Os médicos disseram que era um menino grande, mas não sabíamos que ele chegaria a esse peso”, afirma a mãe, que passou por cesariana para dar à luz, após gestação de nove meses.
Mas fatos inusitados permearam a gravidez desde o começo, já que ela só foi descoberta no quinto mês. “Minha menstruação sempre foi irregular. No terceiro mês, realizei alguns exames para tomar remédios de emagrecimento, mas a médica não percebeu nada. Foi quando surgiram as manchas na pele, que também apareceram na minha primeira gravidez. Então, suspeitei, fiz um exame e deu positivo. Eu já estava quase no sexto mês”, conta.
'incomum' pelos médicos (Foto: Ynaiê Botelho/G1)
O tamanho do bebê mexeu também com os preparativos do casal. “Não pude acompanhar o parto, mas já estávamos com tudo pronto, só esperando ele nascer. Quando a enfermeira veio me mostrar a criança, tive que voltar para casa, porque tudo que eu trouxe na primeira bolsa não ia servir nele”, lembra o pai.
As roupas e fraldas, preparadas com todo carinho para o recém-nascido, segundo os pais, terão que ser trocadas. “Ele perdeu tudo. Compramos e ganhamos roupinhas e fraldas pequenas, mas ele já está usando tamanho M”, relata a mãe.
No entanto, as medidas da criança são proporcionais à felicidade da família. “Ele é abençoado e nós também somos por ter uma criança tão especial. Ele é quietinho, não dá trabalho nenhum”, diz Luiz Marcelo.
a gestação, já que não serve no bebê
(Foto: Ynaiê Botelho/G1)
De acordo com o pediatra responsável pelo hospital, Daniel Honorato, é normal que um bebê nasça com essas medidas. No entanto, ele não considera uma situação comum. “Não é frequente registrarmos um dado como este. Há muito tempo, tivemos um caso no hospital de um bebê que nasceu com 6 kg. Mas o comum, para meninos, é o peso médio de 3,5 kg e, para meninas, 3,3 kg”, afirma.
O motivo do excesso de peso da criança, conforme o profissional, está relacionado a diversos fatores, entre eles, a obesidade adquirida durante a gravidez. “No caso específico do Luiz Gustavo, a mãe ganhou peso na gestação. Quando há excesso de peso no nascimento da criança, o bebê é considerado macrossômico. Por isso, o Luiz vai ficar em observação até o próximo sábado [11], para que possamos controlar os índices de glicose”, explica o profissional.
Para evitar a macrossomia, o médico orienta às gestantes que acompanhem a gravidez por meio de exames e do pré-natal. “A mãe precisa de orientações, principalmente em casos de obesidade, relacionadas à alimentação. No futuro, uma criança macrossômica pode ter complicações cardiovasculares e problemas com o controle de peso”, destaca.
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