Mulher invade Planalto à procura de Dilma para reclamar de Luiz Marinho
EDISON MOTTA
O desespero de Eliane dos Santos Silva, que invadiu ontem o salão nobre do Palácio do Planalto na tentativa de falar com a presidente Dilma Rousseff (PT) faz sentido. Até agora, dois anos e três meses depois de ter assumido a Prefeitura de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) não construiu nenhuma unidade de casas populares. Limitou-se a entregar algumas habitações que recebeu em construção do antecessor, o prefeito William Dib (PSDB)
Eliane carregava um menino de aproximadamente 2 anos no colo, entrou como visitante no Palácio do Planalto, onde fica o gabinete da presidenta, e conseguiu driblar a segurança até chegar ao salão, o mesmo onde o corpo do ex-vice-presidente José Alencar foi velado no início do mês.
Ela foi contida pelos seguranças na entrada da rampa que dá acesso ao gabinete da presidente Dilma Rousseff. A presidenta não estava no Palácio na hora do incidente. Muito nervosa, Eliane chorava e queria falar com Dilma. Ela pedia por mais habitação para os mais pobres na cidade onde mora, São Bernardo. Eliane também protestou contra o prefeito da cidade, Luiz Marinho. A mulher teria percorrido de carona os mil quilômetros de São Bernardo até Brasília.
Após o episódio, Eliane foi recebida por assessores da Secretaria-Geral da Presidência da República e liberada em seguida.
PROMESSAS
Para a população carente da cidade, programas como "Minha casa, minha vida" e Plano Local de Habitação de Interesse Social (PHLIS) são siglas incompreensíveis, porque distantes da realidade. Segundo o ex-Secretário de Habitação da Prefeitura, Osmar Mendonça, o prefeito Luiz Marinho (PT) não construiu nenhuma habitação popular desde quando assumiu a Prefeitura. "O que ele fez - diz - foi entregar unidades que o prefeito William Dib (PSDB) deixou em construção, como foi o caso do Jardim Três Marias, Jardim Silvina e Jardim Esmeralda. "Todas essas entregas - completa - debaixo de forte propaganda do atual governo, para deixar a impressão que foram obras da atual administração".
Para Osmar Mendonça, que esteve à frente da pasta entre 2001 e 2006, mais escandalosa ainda foi o que fizeram no Conjunto Habitacional Salvador Arena. "Fizemos um protocolo de parceria onde a Prefeitura ficou responsável pelas obras de infra estrutura e a Fundação Salvador Arena com a construção das casas. O prefeito William Dib entregou as novas habitações no final de seu governo, mas o prefeito Marinho foi lá e fez uma nova inauguração".
Marinho tem feito lançamentos de programas para o futuro. No último dia 29 de março ele lançou, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PHLIS) de São Bernardo com o objetivo estruturar ações da política habitacional do município até o ano de 2025.
Durante o evento, o chefe do Executivo destacou que o PHLIS vai destinar de 7% do orçamento global do município para a área de habitação, sendo 2,5% com recursos do Tesouro Municipal e o restante originário de captação externa (Governo Federal, Estado, Organismos Internacionais, etc.).
resposta
Em nota a Prefeitura de São Bernardo informou que hoje representantes da Secretária de Desenvolvimento Social e da Secretaria de Habitação se reunirão com Eliane para discutir a situação.
“A Prefeitura informa, ainda, que por seu perfil socioeconômico - morava com a sogra em uma casa de bom padrão, não habitava nenhuma área de risco ou assentamentos, as prioridades habitacionais desse governo - a senhora Eliana não se enquadrava anteriormente em nenhum programa habitacional do município. A Prefeitura informa ainda que em março, Eliana solicitou ajuda à Secretaria de Desenvolvimento Social do Município para voltar a Jacarezinho, no Paraná, onde mora sua família, para onde foi logo em seguida”, diz a administração.
A prefeitura informou ainda que em pouco mais de dois anos o atual governo entregou 420 apartamentos à famílias que residiam em áreas de risco ou alojamentos. “A Administração esclarece que até o final desta gestão serão entregues um total de 5,2 mil moradias. A Secretaria ainda informa que hoje na cidade existem 3,4 mil famílias que estão no Programa Renda Abrigo, recebendo benefício de R$ 315, enquanto suas moradias não são concluídas”, termina a nota.
O desespero de Eliane dos Santos Silva, que invadiu ontem o salão nobre do Palácio do Planalto na tentativa de falar com a presidente Dilma Rousseff (PT) faz sentido. Até agora, dois anos e três meses depois de ter assumido a Prefeitura de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) não construiu nenhuma unidade de casas populares. Limitou-se a entregar algumas habitações que recebeu em construção do antecessor, o prefeito William Dib (PSDB)
Eliane carregava um menino de aproximadamente 2 anos no colo, entrou como visitante no Palácio do Planalto, onde fica o gabinete da presidenta, e conseguiu driblar a segurança até chegar ao salão, o mesmo onde o corpo do ex-vice-presidente José Alencar foi velado no início do mês.
Ela foi contida pelos seguranças na entrada da rampa que dá acesso ao gabinete da presidente Dilma Rousseff. A presidenta não estava no Palácio na hora do incidente. Muito nervosa, Eliane chorava e queria falar com Dilma. Ela pedia por mais habitação para os mais pobres na cidade onde mora, São Bernardo. Eliane também protestou contra o prefeito da cidade, Luiz Marinho. A mulher teria percorrido de carona os mil quilômetros de São Bernardo até Brasília.
Após o episódio, Eliane foi recebida por assessores da Secretaria-Geral da Presidência da República e liberada em seguida.
PROMESSAS
Para a população carente da cidade, programas como "Minha casa, minha vida" e Plano Local de Habitação de Interesse Social (PHLIS) são siglas incompreensíveis, porque distantes da realidade. Segundo o ex-Secretário de Habitação da Prefeitura, Osmar Mendonça, o prefeito Luiz Marinho (PT) não construiu nenhuma habitação popular desde quando assumiu a Prefeitura. "O que ele fez - diz - foi entregar unidades que o prefeito William Dib (PSDB) deixou em construção, como foi o caso do Jardim Três Marias, Jardim Silvina e Jardim Esmeralda. "Todas essas entregas - completa - debaixo de forte propaganda do atual governo, para deixar a impressão que foram obras da atual administração".
Para Osmar Mendonça, que esteve à frente da pasta entre 2001 e 2006, mais escandalosa ainda foi o que fizeram no Conjunto Habitacional Salvador Arena. "Fizemos um protocolo de parceria onde a Prefeitura ficou responsável pelas obras de infra estrutura e a Fundação Salvador Arena com a construção das casas. O prefeito William Dib entregou as novas habitações no final de seu governo, mas o prefeito Marinho foi lá e fez uma nova inauguração".
Marinho tem feito lançamentos de programas para o futuro. No último dia 29 de março ele lançou, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PHLIS) de São Bernardo com o objetivo estruturar ações da política habitacional do município até o ano de 2025.
Durante o evento, o chefe do Executivo destacou que o PHLIS vai destinar de 7% do orçamento global do município para a área de habitação, sendo 2,5% com recursos do Tesouro Municipal e o restante originário de captação externa (Governo Federal, Estado, Organismos Internacionais, etc.).
resposta
Em nota a Prefeitura de São Bernardo informou que hoje representantes da Secretária de Desenvolvimento Social e da Secretaria de Habitação se reunirão com Eliane para discutir a situação.
“A Prefeitura informa, ainda, que por seu perfil socioeconômico - morava com a sogra em uma casa de bom padrão, não habitava nenhuma área de risco ou assentamentos, as prioridades habitacionais desse governo - a senhora Eliana não se enquadrava anteriormente em nenhum programa habitacional do município. A Prefeitura informa ainda que em março, Eliana solicitou ajuda à Secretaria de Desenvolvimento Social do Município para voltar a Jacarezinho, no Paraná, onde mora sua família, para onde foi logo em seguida”, diz a administração.
A prefeitura informou ainda que em pouco mais de dois anos o atual governo entregou 420 apartamentos à famílias que residiam em áreas de risco ou alojamentos. “A Administração esclarece que até o final desta gestão serão entregues um total de 5,2 mil moradias. A Secretaria ainda informa que hoje na cidade existem 3,4 mil famílias que estão no Programa Renda Abrigo, recebendo benefício de R$ 315, enquanto suas moradias não são concluídas”, termina a nota.
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