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terça-feira, 28 de maio de 2013

Fraude no INSS do Paraná atraía trabalhadores de São Paulo, diz PF Peritos e advogados são suspeitos de conceder aposentadorias irregulares. PF indiciou sete pessoas; suspeitos cobravam propina de R$ 5 mil.

Do G1 PR

Com mandados de buscas, a Polícia Federal apreendeu diversos documentos (Foto: Divulgação/PF)Com mandados de buscas, a Polícia Federal apreendeu
diversos documentos (Foto: Divulgação/PF)
Sete pessoas suspeitas de fraudar a Previdência Social foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (28), nas cidades de Jaguariaíva e Arapoti, no norte do Paraná. Dois médicos-peritos do INSS, dois advogados e outros três intermediários são suspeitos de montar um esquema de concessão de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença em troca de pagamento de propina. A ação recebeu o nome de Operação Consórcio.

Segundo o delegado-chefe da PF em Ponta Grossa, Paulo Maurício de Mello, o esquema atraía pessoas de outras cidades e até de outros estados. "A investigação aponta que algumas pessoas vinham até do interior de São Paulo para aproveitar essa facilidade oferecida". O delegado-chefe informou que os valores pagos pelos segurados chegariam a até R$ 5 mil.
Até o momento, segundo a polícia, foram identificados por volta de 700 benefícios com indícios de regularidades. O prejuízo estimado é de R$ 7,2 milhões. O INSS vai revisar os benefícios identificados e, caso as fraudes sejam comprovadas, os segurados deverão devolver os valores recebidos indevidamente.
De acordo com a PF, os intermediários ofereciam o esquema e levavam os interessados até os advogados. Depois, os segurados eram encaminhados para os médicos, que na condição de peritos do INSS, concediam os benefícios por incapacidade. Quem não aceitava as condições ilegais não eram periciados de forma correta e precisavam entrar na Justiça para conseguir os benefícios.

A investigação
Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nas residências de cada um dos suspeitos, nos escritórios dos advogados e nos consultórios particulares dos médicos-peritos do INSS, além de buscas na Agência da Previdência Social em Jaguariaíva. A ação conjunta contou com a participação de 40 policiais federais e seis servidores do Ministério da Previdência Social.
"As investigações iniciaram em 2010 após denúncias de que um grupo de pessoas comandava um esquema para fraudar o INSS nos dois municípios. As perícias previdenciárias eram direcionadas para os mesmos médicos-peritos que forneciam atestados em seus consultórios particulares", disse Mello.
Os indiciados respondem em liberdade, mas precisam cumprir algumas medidas cautelares. Até quarta-feira (29), por exemplo, os indiciados terão que pagar fiança de R$ 30 mil. Caso o valor não seja quitado, a prisão preventiva deles poderá ser decretada. Além disso, os médicos estão impedidos de exercer a profissão e os advogados estão proibidos de atua na área previdenciária. Todos estão impedidos de sair do país.

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