No PR, suspeita de fingir gravidez de quintúplos é detida por estelionato
Moradores de Marechal Cândido Rondon se mobilizaram por ajuda.
Farsa foi descoberta por causa de crime cometido em 2005.
A notícia da grávida que iria dar à luz a cinco bebês chegou a mobilizar parte dos 47 mil habitantes da cidade. Eles se uniram para ajudar a mulher. Ela ganhou exames e um chá de bebê estava sendo organizado pela comunidade para presenteá-la com fraldas, enxoval e leite.
Contudo, na segunda-feira (3), ela foi até o Fórum da cidade para reclamar de um serviço e quando foi identificada recebeu voz de prisão. Havia um mandado de prisão contra ela por crime de estelionato cometido em 2005.
Segundo uma escrivã da Delegacia de Marechal Cândido Rondon, a mulher foi encaminhada para a delegacia, mas tentou usar a gravidez como motivo para não ficar presa. A escrivã contou ao G1 que a suposta grávida se negou a fazer o exame de ultrassom na segunda-feira (3) e então passou a noite na carceragem da delegacia.
Na terça-feira (4), depois de conversar com o advogado e com o marido, a mulher aceitou fazer o exame, que constatou que ela não estava grávida. “Em tese, ela estaria de oito meses e de forma alguma poderíamos manter ela aqui. Então ela tentou se livrar da cadeia com a gravidez”, disse a escrivã.
A falsa grávida continua presa na carceragem da delegacia e pelo menos seis pessoas já reclamaram ter recebido cheques sem fundo da estelionatária. As dívidas são de pizzaria, roupas e mercadorias. De acordo com a polícia, ela tem uma loja de confecções na cidade e repassou os cheques sem fundo a vários fornecedores.
O advogado da mulher detida, Valmor Mergener, disse que vai entrar com um pedido de revogação da prisão da cliente na sexta-feira (7). Segundo Mergener, ela ainda não foi condenada por estelionato e o mandado de prisão foi expedido apenas porque ela mudou de endereço. A Justiça não a encontrou mais e a considerou como foragida.
Já sobre a falsa gravidez, ele comentou que acredita que "ela inventou essa história para se proteger". "Eu acho que ela usou essa história se autoproteger dos cobradores e da situação que estava", disse o advogado. Ele ainda ressaltou que a falsa gravidez não tem relação com o motivo pelo qual ela foi detida.
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