Powered By Blogger

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sítios e chácaras do interior de São Paulo viram escritório do tráfico

De acordo com a polícia, carregamentos de drogas que vêm dos países vizinhos são escondidos em propriedades rurais do interior paulista.

No interior de São Paulo, várias cidades viraram entrepostos do tráfico drogas. As quadrilhas estão se escondendo em fazendas. Quase sete toneladas de maconha foram tiradas de circulação. A droga, incinerada pela polícia, foi encontrada em uma fazenda de cultivo de eucalipto e criação de gado.
A maconha estava escondida em buracos cavados na terra. Seis pessoas foram presas. Entre elas, estava Sidney, considerado um dos maiores traficantes do estado de São Paulo. Carros e caminhões também foram apreendidos.
As investigações mostram que as quadrilhas estão mudando de estratégia para tentar driblar a policia. De acordo com a polícia, carregamentos de drogas que vêm dos países vizinhos são escondidos em propriedades rurais do interior de São Paulo antes de seguiram para as maiores cidades brasileiras.
Para a polícia, uma das explicações para os traficantes atuarem no interior paulista é a facilidade de rotas. O contrabando que vem da Bolívia e do Paraguai entra no país pelas fronteiras de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Depois, por estradas secundárias, as mercadorias chegam a São Paulo, estado servido por rodovias que ligam as regiões Centro-Oeste e Sul à maior cidade do Brasil e ao Rio de Janeiro.
Nos últimos meses, a polícia já encontrou sete locais na zona rural que funcionavam como escritório do crime organizado. Em Gália, a polícia apreendeu crack, maconha, haxixe e pasta base de cocaína escondidos em tambores enterrados em uma chácara. Junto com a droga, foram encontrados revólveres e pistolas automáticas. O traficante foi preso.
Em Areiópolis, uma fábrica clandestina de cigarros funcionava em uma fazenda. O local tinha câmeras de monitoramento, e o cultivo de pepino era usado como fachada. No galpão havia grande estoque de fumo e centenas de caixas com inscrição em espanhol. Os cinco criminosos presos falsificavam também selos da Receita Federal. Toda a produção era distribuída no Nordeste. Máquinas avaliadas em R$ 5 milhões foram apreendidas.
“Na zona rural, nós temos menos pessoas e menos movimento. Então, se você dá uma aparência de normalidade em um sítio, não chama absolutamente a atenção, inclusive porque os vizinhos estão distantes. Com isso, dificulta uma denúncia sobre um local que esteja guardando droga ou desenvolvendo tráfico”, afirma o delegado seccional Marcos Mourão.
 

Nenhum comentário: