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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Agricultores brasileiros no Paraguai vivem impasse por título de terra

Empresa paraguaia reivindica posse de área onde vivem brasiguaios.
Polícia ocupa terras e agricultores estão preocupados com a situação.

Do G1 PR, com informações do Globo Rural



Quase 30 famílias de agricultores brasileiros e descendentes que vivem em Mbaracaju, no Paraguai, a 80 km da fronteira com o Brasil, têm passado por momentos de tensão. A polícia paraguaia ocupa áreas cultivadas pelas famílias de brasiguaios e dizem que estão cumprindo uma ordem judicial.
Qualquer trabalho nas terras está impedido. “Está proibida a entrada, a pulverização, o cultivo, está tudo proibido”, disse o oficial da polícia nacional, Francisco Figueiredo.
Um agricultor chegou a filmar a reação dos policias à tentativa dos brasileiros de furar o bloqueio. O vídeo mostra a máquina agrícola fazendo um outro caminho para desviar do carro dos policiais e é possível ouvir a sequência de tiros disparados pela polícia paraguaia. A máquina ficou com as marcas das balas. Em virtude da presença da polícia, alguns agricultores passaram a usar coletes à prova de balas para circular nas terras.
A tensão no campo foi iniciada porque uma empresa paraguaia alega que é dona da área de cerca de 1 mil hectares, onde as famílias vivem. O advogado dos agricultores diz que o documento apresentado pela empresa é falso e não tem validade.
O representante do Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e da Terra (Idert), Federico Benitez, órgão paraguaio responsável pela regularização das terras no país, defende a posição dos agricultores. Ele diz que os brasileiros compraram as terras dos paraguaios, que receberam as terras do Governo. Segundo Benitez, os documentos foram feitos pelo próprio Idert há mais de 30 anos e são legais.
As famílias que vivem na área há anos estão preocupadas e não sabem o que fazer. “E se a gente perder isso daqui, pra onde vamos? O que vamos fazer da nossa vida?”, disse a agricultora Marilena Toillier.
A Procuradoria Geral do Paraguai foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.

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