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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Juiz determina roupa adequada para participar de audiência no Paraná

Um juiz do trabalho suspende as audiências quando um dos envolvidos não está vestido de acordo com o que ele considera uma roupa formal.

A polêmica envolve o juiz de uma das varas da Justiça do Trabalho em Foz do Iguaçu. Na ata de uma das audiências suspensas, a justificativa: “O reclamante compareceu a esta audiência trajando bermudas”. O “reclamante” era um pedreiro. Para o juiz, o traje não era apropriado para o ato formal, e o rapaz foi convidado a se retirar da sala.
O advogado Sílvio Rorato é um dos envolvidos no processo. Ele defende o patrão do rapaz que estava de bermuda e conversou com o juiz logo depois que o pedreiro saiu da sala. “Perguntei o que estava acontecendo e ele disse que não realizaria a audiência com pessoas que usassem bermudas. Não considerei um exagero, um excesso de formalismo, de forma alguma”, defende o advogado.
O pedreiro que veio à audiência de bermuda não quis comentar o assunto. O juiz do trabalho Bento de Azambuja Pereira também preferiu não gravar entrevista. Ele disse que já foi mal interpretado em outro episódio, de quatro anos atrás, quando adiou uma audiência porque uma das pessoas envolvidas estava de chinelo.
Para evitar o adiamento de mais audiências, a sala de apoio, mantida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi incrementada por um dos advogados. Agora, além da água, do cafezinho e do computador com acesso à internet, o espaço também conta com um traje composto por calça, camiseta de manga e tênis para socorrer os desprevenidos.
“No caso da bermuda, o traje só não foi usado porque o advogado do reclamante não tinha conhecimento da existência dele aqui na sala da OAB”, afirma Gilder Neres, presidente da OAB em Foz do Iguaçu.
De acordo com a OAB, não existe lei que indique qual roupa ou calçado uma pessoa deve usar em uma audiência. Vale o bom senso.
 

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