PF prende 58 suspeitos de desviar verbas em sete Estados
Segundo a Polícia Federal, apenas uma das organizações criminosas teria movimentado cerca de R$ 110 milhões em dois anos
cadeada em sete Estados na manhã desta segunda-feira desmontou, segundo a instituição, um esquema montado por empresas e agentes municipais para desviar recursos destinados à compra de medicamentos. Nos últimos dois anos, só uma das organizações criminosas teria movimentado cerca de R$ 110 milhões. Entre os investigados, 30 servidores públicos municipais foram presos, sendo que 12 são secretários municipais.O iG pediu à polícia o nome dos envolvidos, para que pudesse ouvir a versão de cada um deles. Por enquanto, a PF não revela o nome dos presos.
A ação foi deflagrada pela Polícia Federal de Passo Fundo, no norte gaúcho. Foram executados 64 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão em empresas e prefeituras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Erechim (RS).
Foram desbaratadas três organizações que concentravam sua atuação no município gaúcho de Barão de Cotegipe, com população de 6,5 mil habitantes, além de 15 empresas que atuavam no ramo de distribuição de medicamentos. O esquema fraudava licitações públicas, desviando verbas federais destinadas à compra de medicamentos. O desvio era feito mediante a falta da entrega das mercadorias, entrega parcial ou entrega de produtos diferentes. A distribuição do lucro resultante da fraude se dava entre as empresas e servidores públicos municipais envolvidos.
Foto: AE
Agentes cumprem mandados de prisão nesta segunda-feira em cidade gaúcha
As investigações começaram em outubro de 2009, após um inquérito policial instaurado em 2007. A Polícia Federal constatou desvio de verbas federais destinadas ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica, popularmente conhecido como Farmácia Básica.
“Já no momento da aquisição, os municípios precisam fazer licitação. Durante o processo, já existia fraude, com pagamento de propina, para direcionar os vencedores da licitação. Depois, a fraude continuava no fornecimento de medicamentos”, explica o delegado da PF de Passo Fundo, Paulo César Bulgos de Andrade.
Segundo a polícia, só um das organizações teve uma movimentação financeira de R$ 40 milhões em 2009 e R$ 70 milhões no ano passado. “Não sabemos dizer quanto por cento se originou de fraude”, ressalta o delegado.
Os presos responderão pelos crimes de corrupção ativa, passiva, fraude de licitações, formação de quadrilha e peculato, além de possível lavagem de dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário