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terça-feira, 10 de maio de 2011

Quinze são presos acusados de fraudes em serviços de saúde no Paraná


 
SÃO PAULO - Quinze pessoas foram presas nesta terça-feira acusadas de fraude em serviços de saúde em Londrina, no norte paranaense. De acordo com o promotor de Justiça Jorge Fernando Barreto da Costa, do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, entre os envolvidos no esquema estão diretores de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips), responsáveis pela prestação de serviços na área da saúde do município, e funcionários públicos.
Nesta terça-feira, após quatro meses de investigação, com o apoio das polícias Civil, Militar e Federal, foram cumpridos em Londrina e região 15 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão contra os acusados. Entre os presos estão o procurador geral do municipio, Fidélis Canguçu, e dois integrantes do Conselho Municipal de Saúde. Apenas um mandado de prisão não foi cumprido.
- O esquema envolvia servidores públicos, empresários que forneciam notas frias e superfaturadas e diretores das duas Oscips. Pelo contrato estabelecido entre a Prefeitura e essas duas organizações, havia um teto a ser alcançado no repasse de verbas públicas e isso era feito através de notas frias e que justificassem uma prestação de contas - ressalta o promotor de Justiça Jorge Fernando Barreto da Costa.
Os diretores das Oscips prestam serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Sistema de Internação Domiciliar (Sid), Policlínica e Programa Saúde da Família. Com as organizações, a Prefeitura de Londrina mantinha contratos no valor de R$ 13 milhões. De acordo com o promotor, no entanto, ainda não é possível determinar o prejuízo ao erário.
- Somente as investigações, que prosseguem, é que vão poder determinar a quantia desviada dos cofres públicos e o tempo em que o bando agia - acrescenta.
Nos imóveis onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão foram apreendidos documentos, CPUs, pen drives e dois veículos supostamente comprados com o dinheiro desviado. Durantes as investigações, três armas foram apreendidas.
As duas Oscips investigadas pelo Ministério Público foram contratadas quando o Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), entidade que há um ano prestava os serviços de saúde ao município de Londrina, foi acusada de desviar R$ 300 milhões em um esquema de corrupção envolvendo contratos com várias prefeituras do país. Apenas em Lodrina o Ciap teria deviado R$ 10 milhões.


 

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