Embarcações do mundo todo se espalham pelo mar no Paraná. No fim da tarde desta sexta-feira (20), 127 navios esperavam a vez de atracar no porto de Paranaguá. A maior parte vai descarregar fertilizantes - 60% de tudo que é usado no país passa pelo local.
As embarcações também estão no país para carregar soja e açúcar. A principal razão da fila é o aumento nas exportações de grãos. Como a seca prejudicou a safra nos Estados Unidos, é no Brasil que os compradores vem buscar a soja. Só nos primeiros seis meses do ano, o porto de Paranaguá movimentou cinco milhões de toneladas de soja, 25% a mais do que no ano passado.
Além desse aumento nas exportações, o mau tempo também contribuiu para a fila recorde de embarcações. Desde o começo de junho, o porto ficou parado por 22 dias por causa da chuva.
Quando chove não é possível embarcar grãos e o trabalho para no porto de Paranaguá. Prejuízos para produtores e importadores.
“Tem que investir, todo mundo sabe disso e o Brasil vai ter uma participação muito maior no mercado internacional de grãos e tem que estar preparado para isso. Teria que cobrir o embarque e isso também não é simples. Então se fosse resolvido isso o problema seria bem menor”, diz o representante de cooperativas do Paraná, José Roberto Ricken.
Alguns navios estão há mais de um mês aguardando para atracar. Para tentar diminuir o problema no futuro, a administração do porto anunciou que vai abrir uma licitação para aumentar em 30% a capacidade de embarque de grãos, mas isso só deve surtir efeito no ano que vem.
“Um projeto portuário não é do dia pra noite que a gente consegue, mas nós já iniciamos, temos projetos bastante avançados que deverão aumentar o número de cais no porto de Paranaguá”, diz o diretor técnico do porto, Paulinho Dalmaz.
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