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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pelo menos sete torcedores ficam feridos em confronto com a PM

Confusões ocorreram na frente do Pacaembu.
Atingido por bala de borracha, torcedor tem ferimento na altura do olho.

Rafael Sampaio Do G1, em São Paulo

Confusão na frente do Pacaembu. (Foto: Rafael Sampaio / G1)Confusão na frente do Pacaembu. (Foto: Rafael Sampaio / G1)
Pelo menos sete torcedores ficaram feridos em confrontos com a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), na noite desta quarta-feira (4), na entrada do estádio do Pacaembu, segundo contagem feita pelo G1.
O primeiro conflito ocorreu por volta das 21h10, antes do início do jogo entre Corinthians e Boca Juniors. Outros dois princípios de tumulto foram registrados por volta das 21h40 e das 23h30.
Por conta de tentativas de invasão da entrada do estádio, e para conter o tumulto da torcida que se aglomerava na Praça Charles Miller, a PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
O tenente-coronel Walmir Martini, comandante do policiamento na parte externa do estádio, disse que a origem da confusão deveu-se a “um grupo que já estava esperando do lado de fora para tentar invadir o estádio”. Segundo ele, os torcedores derrubaram uma parte do alambrado para forçar a entrada. “O Choque, infelizmente, teve que agir”, disse. Alguns torcedores pegaram pedras no chão para atirar na direção da polícia.
Fabiano Torquato foi um dos torcedores com ferimento mais grave: ele recebeu um tiro de bala de borracha na altura do olho (Foto: Rafael Sampaio/G1) 
Torquato foi um dos torcedores com ferimento mais
grave: ele recebeu um tiro de bala de borracha na
altura do olho (Foto: Rafael Sampaio/G1)
Ferido na altura do olho
O torcedor Fabiano Torquato, de 34 anos, foi um dos que teve ferimento mais grave. Ele recebeu um tiro de bala de borracha na altura do olho e corre o risco de perder a visão. Ele está internado no Hospital das Clínicas (HC), segundo a Guarda Civil Metropolitana.
Outro torcedor, Fabiano Prado Perco, foi ferido na orelha e na cabeça, durante o confronto com a PM. “A gente vem ver o jogo, não quer confusão, mas os policiais nos agrediram”.
Já o manobrista Euclides Freitas, de 27 anos, mostrava uma marca de pancada de bastão que recebeu de policiais. “Pegaram meu ingresso, eu não consegui entrar”, afirmou.
O funcionário público Laércio José de Oliveira, de 28 anos, foi atendido pelos Bombeiros e teve o rosto enfaixado, após ser atingido por um estilhaço de bomba de efeito moral. “Jogaram uma bomba e ela explodiu na minha cara. Cortou a pálpebra”, reclamou.
900 policiais
Foram montados bloqueios na região do estádio para garantir que só torcedores com ingressos se aproximassem dos portões do Pacaembu. Cerca de 900 policiais, sendo 600 da Tropa de Choque e outros 300 do policiamento de área, fizeram a segurança na hora do jogo, de acordo com o major Celso Lucas.
Carro da PM teve um vidro quebrado. (Foto: Rafael Sampaio / G1) 
Carro da PM teve um vidro quebrado.
(Foto: Rafael Sampaio / G1)
O G1 identificou um veículo da Tropa de Choque com o vidro estilhaçado. Torcedores usavam camisas amarradas aos rostos e atiravam pedras nos policiais, antes do fim do jogo.
No 7º DP, na região da Lapa, uma briga entre torcedores do Corinthians e do Palmeiras estava sendo registrada, segundo investigadores de plantão. Eles tiveram um desentendimento em um local distante do estádio que os policiais não souberam informar qual era. Eles aguardavam para ser ouvidos, por volta das 2h30 de quinta-feira (5).
Houve pelo menos 128 apreensões de bebidas alcoólicas, alimentos e refrigerantes vendidos ilegalmente na entrada do estádio, segundo o supervisor da fiscalização da Subprefeitura da Sé, José Lang. Quatro veículos usados pelos ambulantes também foram apreendidos.
O clima de confronto apaziguou com o fim do jogo, quando a torcida do Corinthians comemorou a vitória e permaneceu na entrada do estádio até a 1h30 desta quinta. Torcedores ainda permaneciam no local e outros dormiam na entrada das estações de metrô Barra Funda e Marechal Deodoro.

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