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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ex-diretor-geral da Assembleia começa a ser julgado por escândalo

Depois do desmembramento dos processos e dois adiamentos, o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, o Bibinho, começou a ser julgado ontem pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Bibinho é acusado de comandar o esquema de contratação de funcionários fantasmas e edição de diários secretos no Legislativo paranaense, crime que, segundo o Ministério Público Estadual, teria desviado R$ 100 milhões dos cofres públicos.

Bibinho teve seu processo desmembrado dos demais ex-diretores que seguem presos acusados de participar do esquema (José Ary Nassif e Cláudio Marques da Silva) por ter sido submetido a uma cirurgia de hérnia umbilical na semana do inicio do julgamento, no mês passado, ficando 30 dias de licença médica.

O processo que está sendo julgado nesta semana analisa o desvio de R$ 13 milhões através de parentes do ex-funcionário da Assembleia Daor de Oliveira, que, apesar de contratados pela Casa, nunca trabalharam no Legislativo.
Na manhã de ontem, seis testemunhas de acusação foram ouvidas. O advogado de defesa, Eurolino dos Reis, dispensou todas as testemunhas por ele arroladas para a tarde, e o julgamento foi suspenso até que as testemunhas de fora de Curitiba sejam ouvidas.
Só após o depoimento de todas as testemunhas é que Bibinho, que passou o julgamento fazendo palavras cruzadas, será ouvido. Para dispensar as testemunhas, Reis, que também é advogado de José Ary Nassif, usou da mesma estratégia dos julgamentos de seu outro cliente.
"Nenhuma testemunha provou nada contra Abib Miguel, não precisamos de nossas testemunhas, não há nenhuma prova", argumentou. Para o promotor Denilson Soares de Almeida, não há problema em os depoimentos serem pouco reveladores, uma vez que "as provas são documentais".

Os depoimentos de testemunhas de outro processo em que os ex-diretores são acusados dos mesmos crimes, mas envolvendo outros casos de funcionários fantasmas (parentes de João Leal de Matos) estão marcados para 12 de janeiro.

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