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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cidade de Mandaguari (PR) transforma dengue em caso de polícia

Se forem encontrados focos de mosquito em três vistorias numa propriedade, a secretaria de abre um inquérito policial contra o morador.



A preocupação com a dengue virou caso de Justiça no Paraná. Para se livrar de uma infestação, uma cidade do interior do estado resolveu tomar medidas drásticas. Donos de casas e terrenos sujos podem responder a processo.
Em Mandaguari, cidade de pouco mais de 30 mil habitantes que fica no norte do Paraná, o trabalho de combate à dengue é diário. Tudo para conter a infestação do mosquito transmissor da doença. Em alguns bairros, o índice chega a 5%, bem maior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é de até 1%.
Neste ano até agora, quatro casos já foram notificados. Mas quem cuida do quintal sabe que precisa da ajuda de todo mundo. “Não adianta nada eu limpar e os vizinhos não limparem”, acredita a dona de casa Mariza Volpato.
Mas os agentes perceberam que só conversar não estava sendo suficiente. Para muitos moradores, parecia que as orientações entravam por um ouvido e saiam pelo outro, porque na próxima visita os quintais já estavam cheios de focos novamente. Foi aí que a Secretaria Municipal de Saúde resolveu transformar a dengue em caso de polícia.
Se forem encontrados focos de mosquito da dengue em três vistorias numa propriedade, a secretaria abre um inquérito policial contra o morador. O crime, previsto no artigo 132 do Código Penal brasileiro, prevê prisão de até um ano para quem colocar a vida de outra pessoa em risco.
“A partir do momento em que a pessoa pode ser presa por estar criando o mosquito da dengue no seu quintal, aí a história mudou de conversa”, afirmou Adriano Borges, coordenador municipal de combate a endemias.
Três moradores foram processados até agora. O índice geral de infestação diminuiu de 3,5% para 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. “Todo mundo pode evitar isso. É só querer”, comenta a aposentada Nair Leigo.
 

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