Governo autoriza 11 hospitais do PR a substituir silicone vetado no país
Quando preciso, prótese das marcas PIP e Rófil serão substituídas pelo SUS.
Em todo o Brasil 371 unidades hospitalares foram cadastradas.
As cirurgias de substituição serão pagas pelo SUS
(Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, divulgou na segunda-feira (23), as 11 unidades hospitalares de média e alta complexidade do Paraná que estão habilitadas a realizar a cirurgia reparadora de troca das próteses mamária produzida pela indústria francesa Poly Implants Protheses (PIP) ou pela holandesa Rófil.(Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)
Os procedimentos serão realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em todo o Brasil 371 hospitais foram cadastrados.
As unidades foram dividas por categorias. Algumas podem realizar apenas a substituição da prótese e outras estão autorizadas a fazer a cirurgia plástica mamária reconstrutiva, pós-mastectomia com implante de prótese. Este procedimento é realizado em mulheres que tiveram câncer e tiveram que retirar a mama.
A orientação é que as pacientes que têm implante mamário de uma marca das duas marcas procurem um Centro de Referência ou a Unidade de Saúde mais próxima para fazer uma avaliação. As próteses serão trocadas, apenas, quando houver indícios de ruptura ou quando a mulher estiver correndo algum risco.
Caso seja preciso um exame mais complexo, como ressonância magnética, a paciente pode ser encaminhada para um dos hospitais autorizados. Não há prazo para a realização das cirurgias. A urgência do procedimento será determinada pelo médico.
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De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as próteses produzidas pela PIP e pela Rófil apresentam risco de rompimento. O produtor da prótese francesa chegou a admitir que utilizou um silicone inadequado por considerá-lo “mais barato e melhor”.No final de 2011, a polêmica envolvendo a marca voltou à tona após a morte de uma mulher francesa – segundo o médico que a tratou, a ruptura da prótese teria causado o linfoma que a matou. Na Inglaterra, 250 mulheres entraram com processo.
No caso da prótese holandesa também houve a utilização de um silicone industrial na fabricação dos implantes, o que aumenta em até cinco vezes as chances de ruptura do material. Ambas as marcas tiveram a comercialização proibida no país e a Anvisa realiza exames laboratoriais nas próteses.
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