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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Governo autoriza 11 hospitais do PR a substituir silicone vetado no país

Quando preciso, prótese das marcas PIP e Rófil serão substituídas pelo SUS.
Em todo o Brasil 371 unidades hospitalares foram cadastradas.

Bibiana Dionísio Do G1 PR

As cirurgias de substituição serão pagas pelo SUS (Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo) 
As cirurgias de substituição serão pagas pelo SUS
(Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, divulgou na segunda-feira (23), as 11 unidades hospitalares de média e alta complexidade do Paraná que estão habilitadas a realizar a cirurgia reparadora de troca das próteses mamária produzida pela indústria francesa Poly Implants Protheses (PIP) ou pela holandesa Rófil.

Os procedimentos serão realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em todo o Brasil 371 hospitais foram cadastrados.

As unidades foram dividas por categorias. Algumas podem realizar apenas a substituição da prótese e outras estão autorizadas a fazer a cirurgia plástica mamária reconstrutiva, pós-mastectomia com implante de prótese. Este procedimento é realizado em mulheres que tiveram câncer e tiveram que retirar a mama.
A orientação é que as pacientes que têm implante mamário de uma marca das duas marcas procurem um Centro de Referência ou a Unidade de Saúde mais próxima para fazer uma avaliação. As próteses serão trocadas, apenas, quando houver indícios de ruptura ou quando a mulher estiver correndo algum risco.

Caso seja preciso um exame mais complexo, como ressonância magnética, a paciente pode ser encaminhada para um dos hospitais autorizados. Não há prazo para a realização das cirurgias. A urgência do procedimento será determinada pelo médico.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as próteses produzidas pela PIP e pela Rófil apresentam risco de rompimento. O produtor da prótese francesa chegou a admitir que utilizou um silicone inadequado por considerá-lo “mais barato e melhor”.

No final de 2011, a polêmica envolvendo a marca voltou à tona após a morte de uma mulher francesa – segundo o médico que a tratou, a ruptura da prótese teria causado o linfoma que a matou. Na Inglaterra, 250 mulheres entraram com processo.
No caso da prótese holandesa também houve a utilização de um silicone industrial na fabricação dos implantes, o que aumenta em até cinco vezes as chances de ruptura do material. Ambas as marcas tiveram a comercialização proibida no país e a Anvisa realiza exames laboratoriais nas próteses.

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