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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Campanha de prevenção da aids no carnaval será reforçada nas praias

Serão realizadas ações educativas e distribuição de preservativos


A Secretaria da Saúde já está organizando a campanha de prevenção da DST/aids para a semana de carnaval no litoral. O tema deste ano enfatiza a contaminação de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos, mas a campanha de prevenção abrangerá toda a população. Foram encaminhados 2,6 milhões de preservativos para as 22 regionais de saúde, para que os municípios realizem ações de prevenção durante as festividades.

Atualmente o Paraná tem 25.027 casos de aids notificados. A predominância ainda é do sexo masculino (65%) em relação ao feminino (35%). No entanto, a situação se inverteu a partir do ano de 2006 na faixa etária de 15 a 19 anos. Em quatro anos foram confirmados 24 casos do sexo masculino (31,16 %) e 53 (68,83%) casos do sexo feminino – números que mostram claramente a “feminização” da epidemia.

A região de Paranaguá foi a que apresentou maior incidência em 2010 – 30,52 casos/100 mil habitantes; seguida pela região de Foz do Iguaçu, com 16,71/100 mil habitantes; e pela região metropolitana de Curitiba, com 11,83/100 mil habitantes.

“Daremos enfoque especial às meninas/mulheres porque a geração atual de garotas vive realidade diferente da geração passada. A pureza não significa mais se manter virgem e ser livre não significa ser vulgar. Além do que o sexo é totalmente aceito em todas as suas formas e condições”, afirma a coordenadora do Programa Estadual de controle de DST/aids, Kathia Adriana Moreira.

Segundo ela, com a nova geração os conceitos mudaram. A camisinha ainda é importante, mas não é considerada essencial, porque o maior medo das jovens é engravidar, e não contrair o vírus HIV. Hoje a aids ocupa um lugar secundário na lista de preocupações. “A falta de exemplos emblemáticos do cotidiano e de ídolos portadores do vírus ou doentes de aids fez com o vírus ficasse invisível”, ressalta a coordenadora.

O hábito de usar camisinha precisa ser incorporado de forma coletiva. “É necessário resgatar o uso da camisinha, pois para as meninas/mulheres não existe tabu em carregar o preservativo na bolsa. Elas não se sentem desconfortáveis com isso. No entanto, o uso da camisinha não está incorporado à vida cotidiana”, enfatiza Kathia.

Após o carnaval, o Ministério da Saúde fará uma mobilização para realizar teste de HIV para quem não usou a camisinha durante o carnaval ou em qualquer relação sem o preservativo.

A coordenadora explica que o maior desafio da Secretaria da Saúde é promover ações de prevenção e promoção do uso da camisinha voltadas ao público de mulheres de menor escolaridade e menor poder aquisitivo. “A ideia é colocar a mulher como protagonista de sua própria história, conscientizando-a de sua vulnerabilidade e da importância do uso da camisinha para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, em especial a aids”.

PROGRAMAÇÃO - Durante os dias de Carnaval – de 4 a 8 de março –, dois carros de som vão circular pelas praias do litoral paranaense (Matinhos, Caiobá, Guaratuba, Pontal do Paraná e Antonina) tocando jingles sobre prevenção das DST/aids e dengue.

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