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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Drama na Serra: Número de mortos chega a 732

A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu o estado de calamidade pública em três municípios

Rio - O número de vítimas fatais na Região Serrana do Rio subiu para 732 segundo informações oficiais da Defesa Civil do estado, a Polícia Civil e das prefeituras municipais. Segundo a Defesa Civil, foram contabilizados, até a tarde desta terça-feira, 344 mortos em Nova Friburgo e 298 em Teresópolis. De acordo com a Polícia Civil em Petrópolis são 63 mortos, quatro em São José do Vale do Rio Preto e um em Bom Jardim. A prefeitura de Sumidouro registrou 22 óbitos. O último balanço oficial da Polícia Civil foram registradas 730 mortes. Os números tendem a aumentar durante esta terça.
>> FOTOGALERIA: Teresópolis tenta encontrar desaparecidos no meio a tanta devastação
Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Em Teresópolis, no bairro Campo Grande, moradores tentam retirar pertences dos escombros | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Mais cedo a prefeitura de Teresópolis informou que o total de desabrigados chega a 3.679 e o de desalojados a 4.530. A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu o estado de calamidade pública decretado pelos municípios de Nova Friburgo, Sumidouro e Petrópolis, afetados pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. As portarias número 32, 33 e 34 foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

Uma semana após o temporal que devastou a Região Serrana, os municípios mais atingidos possuem locais onde o socorro ainda não chegou, uma vez que transitar de carro por estradas é impossível por conta dos deslizamentos e quedas de barreiras, áreas alagadas e da lama, que em alguns pontos atinge até dez metros de altura. Por conta deste cenário de destruição, helicópteros ainda não conseguiram pousar e os moradores ainda estão sem auxílio.

Em Petrópolis, por exemplo, a prefeitura cita a localidade do Brejal como a mais complicada. Os helicópteros não estão conseguindo pousar por conta da devastação da área. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil tentam chegar à região por terra, mas ainda sem sucesso.
Com o passar dos dias, a esperança de se encontrar pessoas  vivas debaixo dos escombros e da lama é cada vez menor. Informações das equipes de socorro que ajudam no resgate às vítimas dão conta de que centenas de corpos ainda podem estar debaixo da terra e que o número de vítimas fatais pode passar de mil.
Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história

Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe natural do Brasil. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro do ano passado, em Angra dos Reis e, em abril, na capital e Niterói.
Foto: Divulgação
Em decorrência das fortes chuvas em Teresópolis, o rio subiu rapidamente durante a madrugada, destruindo as casas em sua margem | Foto: Divulgação
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.

Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate. Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da região, também contabilizam mortos.


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