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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ministro quer recursos fixos para a saúde

 

 

Foto: Antonio Cruz/ABr
 
Alexandre Padilha apontou quatro prioridades para o setor
Foto: Antonio Cruz/ABrAlexandre Padilha apontou quatro prioridades para o setor

    Em entrevista, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) defendeu uma fonte de financiamento estável para a área e disse que tratará o aborto como um problema de saúde pública. Ele prometeu ainda dar mais verbas para os municípios que avançarem mais.


    Pergunta - O orçamento atual é suficiente para financiar a saúde?

    Resposta - Sou daqueles que acreditam que é possível fazer mais com o que temos. Combinado com isso, não tenho dúvida de que o país, governadores, prefeitos, Ministério da Saúde, Congresso, vão sim ter de discutir uma forma de financiamento estável. É fundamental a aprovação da regulamentação da emenda constitucional nº 29, porque ela diz claramente quanto União, Estados e municípios têm de investir em saúde e o que caracteriza investimento na área.


    P - Para isso tem de aprovar uma fonte nova de recursos, no modelo da extinta CPMF?

    R - Comparando o que o Brasil investe em valor per capita com outros países, investimos menos do que outros. Defendo que tenhamos um mecanismo que garanta financiamento estável para a saúde. A fonte dos recursos é um debate para o Congresso, governadores, prefeitos.


    P - O sr. assumiu uma área que, no governo Lula, foi a mais criticada por falta de avanços. O que aconteceu?

    R - Teve uma série de avanços. Um grande exemplo foi o Samu, que fez com que em oito anos se universalizasse o serviço de urgência e emergência. Agora, nosso grande desafio é ter mais avanços. O primeiro é que esse ministério tem de ter uma obsessão única: unir todas as ações para o acesso ao serviço de saúde. A grande crítica da população não é sobre o atendimento que recebeu, mas sobre a demora. Queremos criar um indicador nacional de garantia de acesso que seja uma linha de base para a pactuação entre União, Estados e municípios.


    P - A ideia é premiar quem atingir as metas?

    R - Premiar, pactuar ações em cima desse indicador e induzir com os recursos o alcance dessas metas.


    P - Estados e municípios que não cumprirem metas vão sofrer alguma sanção?

    R - Prefiro trabalhar com indução. Não quero prejudicar a população desses Estados. Quem alcançar as metas tem de ser premiado.


    P - Quais são suas principais ações no ministério?

    R - Quatro são compromissos que a presidente assumiu ao longo da campanha: implantar a rede cegonha, que vai acompanhar a gestante desde a gestação até o parto; 500 UPAs [unidades de pronto-atendimento]; um programa de enfrentamento, prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários de crack no país e a ampliação dos medicamentos gratuitos. E eu colocaria, também, a melhoria da gestão na saúde.


    P - Como o sr. vê a questão da legalização do aborto? Defende mudança na legislação?

    R - É um problema de saúde pública no país. Meu esforço principal é que qualquer mulher que chegue no serviço de saúde, com problemas, seja acolhida, independentemente das crenças religiosas ou posições morais. Defendo cumprir a lei que já existe.

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