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sábado, 19 de março de 2011

Obama chega ao Planalto e se reúne com Dilma

Presidente dos Estados Unidos realiza sua primeira visita oficial ao Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido neste sábado (19) pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Obama realiza sua primeira visita oficial ao Brasil desde que assumiu a Presidência dos EUA, em 2009.

Na capital, o presidente passou em revista a guarda de honra e os Dragões da Independência. Obama subiu a rampa e cumprimentou Dilma e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota.

Em seguida, os chefes de Estado, acompanhados da primeira-dama, Michelle Obama, ouviram os hinos nacionais dos EUA e do Brasil, enquanto a guarda disparava a salva de 21 tiros de canhão reservada aos chefes de Estado.

O casal Obama teve a chance de observar uma exposição de artistas brasileiras no interior do Planalto, enquanto crianças com bandeiras dos EUA e do Brasil acenavam nos pisos superiores da construção.

Obama e Dilma terão uma reunião privada que deverá discutir principalmente as relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos, foco da visita do presidente americano.

Michelle e suas duas filhas participarão de um encontro com estudantes brasileiros em um restaurante da capital federal.

O casal deixa Brasília ainda neste sábado e segue para o Rio de Janeiro, onde Obama encerra a visita, neste domingo (20).


Dilma quer melhorar relações
Dilma já demonstrou que os EUA voltaram a ganhar importância na diplomacia brasileira ao nomear, por exemplo, o ex-embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, como seu chanceler (ministro das Relações Exteriores). Obama também se apressou em vir ao país, invertendo a tradição (até então, eram os presidentes brasileiros quem primeiro visitavam os americanos).

Para Shannon O’Neil, especialista em América Latina do Council on Foreign Relations, de Washington, a história guerrilheira de Dilma e a trajetória espetacular do primeiro presidente negro dos EUA pode ajudar a fomentar a tal “química pessoal”, que tanto ajuda a diplomacia.

- A identificação já é natural por serem dois presidentes pioneiros [Dilma a primeira mulher presidente do Brasil, e Obama o primeiro negro na Presidência americana]. Desde que Dilma foi eleita, ambos deram sinais de relação será mais funcional, objetiva e reflexiva.

A viagem também será uma oportunidade para os EUA reconhecer o novo papel ocupado pelo Brasil na cena internacional, segundo a especialista.

Economia deve dominar conversa
Obama chega ao Planalto às 10h, junto da mulher Michelle Obama. Após uma salva de tiros de canhão, o presidente americano terá uma conversa privada com Dilma.

A chamada “guerra cambial” movida pela China (com prejuízos aos EUA e ao Brasil) deve entrar na conversa, assim como o aumento de comércio entre os dois países. Antes o maior parceiro comercial dos brasileiros, os americanos tentam conter o avanço dos chineses na América Latina. Da conversa pode sair algum acordo energético: os EUA estão interessados no petróleo do pré-sal e o Brasil quer vender etanol para os americanos. Além disso, Dilma e Obama podem fazer uma dobradinha em defesa da energia nuclear, já que tanto Brasil quanto os EUA pretendem construir mais usinas – e a crise no Japão pode afetar os planos.

EUA não devem apoiar sonho do Brasil na ONU

Obama deve frustrar a expectativa do governo brasileiro, que gostaria de receber apoio americano ao projeto do Brasil de se tornar um membro permanente da ONU (se juntando ao clube dos cinco grandes – EUA, China, Reino Unido, França e Rússia).

Os EUA não devem apoiar a aspiração brasileira, apesar de terem garantido apoio a outro emergente, a Índia, na visita que Obama fez a Nova Déli, no ano passado.

Para compensar a frustração, espera-se um acordo que acabe com o visto prévio obrigatório para a entrada de brasileiros nos EUA, e de americanos no Brasil. Além do aumento de turistas, a proposta esbarra em questões de segurança.

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