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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

11/11/2010

BC vê indícios de crime no banco

Responsáveis pelo rombo na instituição, de R$ 2,5 bilhões, correm o risco de serem enquadrados na Lei do Colarinho Branco

O Banco Central (BC) tem indícios de que houve crime nos problemas contábeis de R$ 2,5 bilhões envolvendo o balanço do banco PanAmericano. O BC atribuiu a culpa pelo rombo a falhas de auditorias. O PanAmericano está presente em Santa Catarina em 12 cidades.

Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Alvir Hoffmann, “tudo indica que a investigação vai redundar em algo para o Ministério Público’’, em referência à Lei do Colarinho Branco, que obriga o Banco Central a informar ao órgão sempre que encontrar indícios de infrações cometidas por instituições financeiras.

Além de contabilizar no seu balanço carteiras de crédito já vendidas para outros bancos, alguns desses negócios foram registrados com valores incorretos pelo PanAmericano, segundo o BC. Há, também, sinais de que a mesma carteira teria sido vendida mais de uma vez.

Em ambos os casos, o resultado era um balanço que errava para cima o real valor dos ativos do banco. Apesar dos indícios, Hoffmann disse que ainda não é possível dizer com certeza se o erro foi intencional e qual a motivação dos envolvidos.

Na terça-feira à noite, o Grupo Silvio Santos, controlador do PanAmericano, anunciou aporte de R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um rombo equivalente. O dinheiro foi obtido em um empréstimo concedido pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Conforme o presidente do conselho do fundo, Gabriel Jorge Ferreira, o empresário Silvio Santos deu como garantia do empréstimo todas as 44 empresas que fazem parte de sua holding – incluindo o SBT. O pagamento poderá ser feito em até 10 anos, com carência de três (nesse período, não terá de pagar juros).

No caso de quebra do banco, segundo Hoffmann, o prejuízo recairia também sobre os demais sócios, incluindo a Caixa Econômica Federal, e sobre credores, principalmente fundos de investimento, fundos de pensão e outros bancos que têm depósitos financeiros nas cessões de crédito.

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