Powered By Blogger

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Beto Richa diz que não será oposição

Governador eleito no Paraná pelo PSDB afirma que não fará oposição ao governo da presidente eleita
  Richa: segundo tucano, fazer oposição é papel do partido (foto: Franklin de Freitas)
Na primeira entrevista coletiva após o segundo turno da eleição presidencial, o governador eleito Beto Richa (PSDB), afirmou que não fará oposição ao governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). Richa disse respeitar o resultado das urnas e esperar que o novo governo federal mantenha com o Estado a boa relação que tinha com ele quando era prefeito de Curitiba. “Não faço oposição. Meu partido faz oposição no Congresso Nacional, que é o local adequado para esse tipo de posicionamento. Papel do Executivo é governar e buscar parcerias com outras esferas de governo”, justificou. 

“Espero que eles mantenham a coerência e que aja grandeza para que o Paraná não seja prejudicado”, disse, explicando que em seu plano de governo, diversas ações estão ligadas ao auxílio do governo federal. “Tentaremos garantir o crescimento do Estado. Muitas coisas dependem de parcerias, principalmente as obras em infraestrutura”, admitiu. Richa ainda criticou a situação dos aeroportos paranaenses e disse esperar que a “relação republicana” seja mantida para melhorias nos portos, aeroportos e rodovias.

O governador eleito garantiu também que tentará manter a melhor relação com os dois senadores eleitos da oposição, Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião, e com Alvaro Dias (PSDB), que apesar de ser do mesmo partido, apoiou o irmão, Osmar Dias (PDT) no primeiro turno eleição da governo do Estado. “Espero que os senadores tenham a mesma visão, mas caso não ocorra, tenho boa relação com senadores de outros estados e partidos, como o Delcídio Amaral do PT de Mato Grosso”.

Erros e acertos - Richa também aproveitou para analisar a campanha eleitoral do candidato derrotado José Serra (PSDB), que venceu no Paraná. Disse que depois da sua eleição, quando pôde se dedicar exclusivamente a campanha de Serra, sentiu um grande apoio da população paranaense. “Eu senti o clima nas ruas, o entusiasmo aqui era muito grande. Acreditei que a diferença ia ampliar aqui. Pedi votos até para prefeitos que não me apoiaram no primeiro turno”, contou.

O tucano comemorou o bom resultado no Paraná, onde Serra bateu Dilma com 55% a 44%. “É um bom número. Nós conseguimos mais que dobrar a votação do primeiro para o segundo turno. Fico agradecido aos paranaenses”, disse. Nos números finais, José Serra fez 3.226.216 votos no segundo turno. Ao todo, Serra teve um aumento de 618.552 votos. Já Dilma, que havia feito 2.311.239 votos no primeiro turno, aumentou seus votos para 2.593.086. Em Curitiba, cidade em que Beto Richa foi prefeito por um pouco mais de cinco anos, Serra fez 63% dos votos válidos.

Indecisão — Para ele, a indecisão do PSDB de definir o candidato não influenciou tanto na derrota. Richa avaliou que em alguns momentos faltou objetividade na campanha. “A sociedade brasileira não entendeu bem as propostas do Serra. Sabíamos que seria uma campanha muito difícil diante da popularidade do Lula”, disse.

O tucano também admitiu que agora o partido tem que começar a repensar o modo de fazer oposição e  se organizar para 2014. Sobre o futuro, o governador eleito disse que o PSDB tem bons nomes para a próxima disputa presidencial, como Aécio Neves, eleito senador em Minas Gerais, Geraldo Alckmin, eleito governador em São Paulo, e o próprio José Serra. Dizendo ser um “soldado do partido”, Richa negou ser um dos nomes para 2014. “Eu não, o Paraná é um Estado com densidade eleitoral menor do que Minas Gerais e São Paulo”, alegou.

Nenhum comentário: